A roda gigante de 91 metros de altura, anunciada em outubro de 2020 pelo governo do estado, começou a ser instalada no Parque Cândido Portinari, na Zona Oeste de São Paulo, e tem previsão de ser inaugurada em julho.

Segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, a roda gigante será a maior da América Latina e faz parte das ações de revitalização do entorno do Rio Pinheiros. Ela foi nomeada de "Roda São Paulo".

A atração terá 42 cabines de observação com capacidade para até dez pessoas, ar-condicionado, monitoramento por câmeras, interfones e wi-fi. No total, a estrutura terá mais de mil toneladas.

Segundo a pasta, 200 trabalhadores atuam na montagem, que começou no dia 30 de março. Os custos da instalação são da iniciativa privada.

O projeto está sendo implementado pela empresa SPBW ( São Paulo Big Wheel), vencedora do chamamento público. Ela pagará à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente R$ 141 mil mensais ou 10% do valor do faturamento bruto - o que for maior.

Ainda de acordo com a secretaria, o contrato prevê tarifas sociais para moradores de comunidades do entorno.

A expectativa é que a atração receba entre 600 mil e 1 milhão de visitantes por ano. O Cândido Portinari é vizinho ao Parque Villa-Lobos, que tem acesso pela Estação Villa-Lobos-Jaguaré, da Linha 9-Esmeralda.

A roda gigante ocupará um espaço de 4,5 mil metros quadrados, o que representa cerca de 3% do espaço do parque.

Polêmica entre vizinhos

Quando anunciada, em outubro de 2020, a atração gerou polêmica entre moradores vizinhos ao parque. Em redes sociais, havia quem reivindicasse o embargo da construção e reclame que o projeto vai “tirar a calmaria” e trazer “problemas de criminalidade”.

No grupo “Alto de Pinheiros quer paz”, no Facebook, a roda gigante embalou discussões. “Como atuar para embargar a construção de uma roda gigante no Parque Villa-Lobos”, escreveu uma participante.

"Também não gostei, vai ficar horrível e piorar a frequência", escreveu outro. “Esse aparelho vai tumultuar nosso sossegado bairro, tirando nossa calmaria, além de trazer problemas logísticos, de criminalidade”, criticou mais um integrante.

No entanto, no grupo de moradores, muitos defenderam o novo projeto para a região. “O parque é enorme, cheio de espaços vazios, uma alegria para as famílias e não atrapalha nenhuma vista ou fluxo de veículos já existentes. Vamos deixar de bairrismo, esnobismo e elitismo".